Na verdade é preciso ter força,
é preciso ter garra, é preciso não ceder
nem um só milímetro nesta imensidão,
neste mundo desalmado;
nem mesmo nos Momentos
em que nos sentimos em baixo,
em que nos sentimos sós e sem ninguém,
quando o desespero nos ataca
e a angústia nos assalta.
Não, não devemos ceder
nem mesmo quando a morte
nos olhos nos olha,
nos intimida ou nos tenta.
Nunca, nunca devemos mostrar fraqueza
nem mesmo quando fracos nos sentimos
ou quando a força se esvai.
Finge, finge que não estás só,
que não fraquejas,
que és imune a tudo isso;
mesmo que o teu fingimento seja fingido,
finge.
Finge, porque este mundo é um fingimento
e saber fingir é ser forte,
é ser muito, é ser tudo,
é vencer.
Finge, finge que tens muitos amigos
mesmo sabendo que não passam
de meros aduladores
que te seguem, enquanto tiveres força,
para onde fores, pois,
quando deixares de a ter,
e de fingir, eles vão-se,
procurar outro fingidor,
outro que saiba fingir melhor,
outro que lhes dê aquilo que querendo não querem,
outro que prometa o que tu não prometes,
outro que prometa e finja melhor.
Finge, finge ser louco,
finge a loucura do louco
porque loucos são aqueles
que o não são,
são aqueles que não fingem.
Sorri, sorri mesmo que o teu sorriso
o não seja,
mas sorri, sempre.
Oh! verdade fingida
como és reles,”
mas não há outra,
por isso finge, finge também,
finge que é verdade.
Excerpt From
Palavras perdidas
Baron Vanderlinx
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